Erisipela
A erisipela é uma infecção da camada superficial da pele que provoca vermelhidão, calor, coceira, queimação e pode até fazer bolhas e feridas vermelhas, inflamadas e dolorosas, principalmente nas pernas, apesar de poder surgir em qualquer parte do corpo.
É mais frequente em idosos, obesos ou diabéticos, causada por uma bactéria chamada Streptcoccus pyogenes, que também pode causar uma forma mais grave da doença, chamada de erisipela bolhosa.
A erisipela tem cura quando o tratamento é iniciado rapidamente com antibióticos orientados pelo clínico geral ou dermatologista, entretanto, em alguns casos, esta doença pode voltar a surgir ou pode mesmo tornar-se crônica, sendo mais difícil de eliminar.
Quando a infecção atinge as camadas mais profundas da pele, a lesão passa a ser chamada de celulite infecciosa.
Causas
A erisipela não é contagiosa, pois acontece quando bactérias que colonizam o corpo penetram através da pele por alguma entrada, geralmente, uma ferida, picada de inseto, úlcera venosa crônica, manipulação inadequada das unhas ou frieira e pé de atleta, por exemplo.
E por estes motivos, é mais comum que a erisipela aconteça nos pés e pernas, mas podemos não encontrar nenhuma porta de entrada aparente.
A bactéria é a Streptcoccus pyogenes é a principal, também conhecida como Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, entretanto, o Staphylococcus aureus também pode ser o agente.
A erisipela atinge camadas da pele e tecidos linfáticos, causando lesões e inflamação, que dão origem à doença.
Diagnóstico
O diagnóstico da erisipela é clínico, feito pelo clínico geral ou dermatologista ou infectologista, através da observação dos sintomas da doença, não havendo, geralmente, a necessidade de realizar outros exames complementares.
Tratamento
É tratada em casa, com antibióticos, como as Penicilina, cefalosporinas ou quinolonas, Amoxicilina, cefalexina ou Ciprofloxacino, por 10 a 14 dias, conforme a evolução de cada caso.
Além do antibiótico, é muito importante o repouso com o membro afetado elevado, pois a drenagem está comprometida pela invasão dos germes nas vias linfáticas, além de higiene rigorosa.
Muitos casos em que não ocorre a melhora do paciente em casa, quando internamos o paciente, fazemos o mesmo antibiótico e obrigamos o paciente a repouso no leito, ocorre a cura.
Em lesões graves, como necrose e secreção purulenta, poderá ser necessária a drenagem e debridamento cirúrgico e até internação hospitalar.
Um Relato de Caso Clínico
Veja o relato de um caso real onde os médicos demoraram para o diagnóstico ou pior que isso, protelaram para tratar, pois é inacreditável que não “enxergar” do diagnóstico.
No presente caso eu não consigo acreditar que não sabiam o diagnóstico, mas eu suspeito que estavam faturando contra o convênio e alimentando a rede de colegas médicos e máquinas de exames, assista ao vídeo ou leia a matéria abaixo:
O Caso
“- Hoje fui ver uma familiar de 73 anos que está há um mês peregrinando em médicos e fazendo exames.
Disse que foi em médico Clínico, vascular, cardiologista, fez Ultrassom das pernas (doppler) e Ecocardiograma (ela disse que queria avaliar se o inchaço não seria insuficiência cardíaca), e a perna vermelha.
Olhei e lá estava, cuspida e escarrada, uma ERISIPELA (infecção bacteriana na pele).
Não posso acreditar que seja incompetência médica em não saber o que estão vendo, prefiro acreditar que é GERAÇÃO DE RENDA ENTRE COLEGAS, pois uma única consulta resolveria.
Contudo a paciente tem um convênio nacional e os médicos locais estavam faturando consultas e exames contra o convênio. E assim que a mensalidade dos planos de saúde aumenta para todos.
O Faturamento de Consultas
Se dessem o diagnóstico e tratamento logo na primeira consulta, o caso renderia somente uma consulta.
Porém da forma que estavam conduzindo, ela havia rendido consultas com o vascular, com o Clinico, com o Cardiologista (que fez Ecocardiograma), com o Ortopedista (que fez ressonância dos joelhos) e estava encaminhada para o Infectologista, além de exames de laboratório.
Contudo numa visita domiciliar informal sem faturar contra a Unimed, foi feito o diagnóstico e receitada a resolução do problema, que evoluiu muito bem conforme as fotos acima, mas precisou usar Cefalexina por suas semanas, mais um semana de Ciprofloxacino.
A segunda foto foi feita ainda durante o tratamento, no momento que se começou o segundo antibiótico, por isso ainda tem um pouco de inflamação.
A Importância da História Pregressa do Paciente
A própria portadora da Erisipela, depois que lhe falei o diagnóstico e sobre minha indignação com a peregrinação que lhe submeteram, verbalizou que já teve outras vezes a “zipra” (as pessoas assim) e que tentou alertar os médicos, mas que eles discordaram.”
Veja esta matéria publicada na Fanpage neste Link
Assista ao vídeo deste caso no meu canal do YouTube
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Dr. Toledo – CRM 9884
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