Neurologia e Psiquiatria – Entenda Qual Procurar

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Neste artigo quero esclarecer sobre as áreas de atuação do Neurologista e do Psiquiatra para você entender qual será a melhor opção.

Antes é melhor esclarecer que as duas são especialidades médicas, ou seja, o profissional fez a graduação de 6 anos e depois uma residência de 2 ou 3 anos.

O psicólogo não é médico e é um profissional da área de ciências humanas especialista em desenvolvimento e comportamento humano normal e patológico, enquanto que, os médicos são das ciências biológicas e focados nas patologias.

Neurologista

Seu foco está no estudo do Sistema Nervoso Central (Encéfalo e Medula Espinhal), Sistema Nervoso Periférico (os Nervos Sensitivos  e Motores e Órgãos dos Sentidos) e seus distúrbios estruturais.

Psiquiatra

Médico especializado nos transtornos mentais, alterações de comportamento e dependência de substâncias.

Quais são os sintomas que sugerem ser uma doença neurológica ou psiquiátrica?

Essa diferenciação existe, mas existem alguns sintomas que estão presentes tanto em doenças neurológicas como nas psiquiátricas.

Logo sugerem enfermidades neurológicas os sinais e sintomas que sugerem lesões estruturais (físicas), como:

Tremor com Rigidez (Doença de Parkinson);

Crise Convulsivas com perda da Consciência e Ferimentos;

Distúrbios dos Movimentos;

Dores de Cabeça Progressivas;

Alteração no Nível de Consciência;

Fraqueza Muscular;

Prejuízo de Memória Percebido pelos Familiares (Demências);

Perda Súbita da Fala, visão ou movimentos;

Perda da Consciência sem Recuperação espontânea e

Dores irradiadas.

Enquanto que sugerem transtornos psiquiátricos sintomas mais comportamentais, com menores ou nenhum sinal físicos, como:

Alterações de sono;

Prejuízo de memória queixado e percebido pelo pacientes, ou seja, depois lembra que havia “esquecido”

Angustia;

Tristeza ou Alegria Demasiada;

Alterações de Apetite;

Dependência de Drogas ou Medicamentos;

Isolamento;

Pensamentos de morte ou suicídio;

Múltiplos Sintomas e Nenhum Achado nos Exames (Somatização);

Perda do Interesse ou Prazer por coisas antes gostava;

Sensação de fraqueza, cansaço, culpa e desesperança;

Alucinações (ouvir vozes que não existem);

Delírios (Acreditar em algo que não existe) e

Alteração de Comportamento no Idoso (Demências).

Qual deles eu devo procurar?

Quando você estiver acometido por sintomas, aconselha-se que você considera consultar com seu médico assistente.

Este médico generalista que te acompanha ao longo da vida e faz a manutenção dos seus tratamentos vai saber te encaminhar quando necessário.

Mas se você tiver de decidir sozinho quem procurar, considere o conteúdo acima, se acreditar que você tem uma lesão física vá ao neurologista, mas se as alterações são emotivas e/ou comportamentais, procure um psiquiatra.

Este último geralmente são encontrados nos consultórios, enquanto que os neurologistas atuam em consultórios e hospitais porque cuidam dos pacientes vitimados por AVC (derrame cerebral).

Também existe o neurocirurgião opera as doenças que acometem o encéfalo e medula espinhal estão presentes mais em hospitais.

Modo de Trabalho

Ambas as especialidades precisam da entrevista e do exame clínico do pacientes.

O Neurologista muito mais do aspecto físico (palpação, reflexo, aferição de força e sensibilidade), enquanto que, o Psiquiatra do exame do estado mental (vigilância, orientação, humor, sensopercepção, atenção).

Os exames complementares (imagem cerebral e laboratórios) são muitos mais solicitados pela neurologia, visto que esta especialidade sente-se obrigada a excluir doenças estruturais (derrame ou tumor cerebral)

Porém na psiquiatria, somente pedimos exames quando a enfermidade psiquiátrica se apresenta de modo atípico, necessitando excluir enfermidades endócrinas ou neurológicas fazendo sintomas psiquiátricos.

Em ambas especialidades, feito um diagnóstico, em regra, os tratamentos serão longos e as vezes por toda a vida e com medicações controladas, que dependem de retenção de receita.

Preconceito x Status

Infelizmente parece que temos um preconceito inato com as enfermidades psiquiátrica.

Logo muitos pacientes não tratam das enfermidades psíquicas porque não são encaminhados ou se encaminhados, não aceitam.

Assim perdem qualidade de vida por pura subutilização da psiquiatria e ainda colecionam perdas com gastos com exames complementares, por vezes desnecessários na neurologia (tomografias, ressonâncias e eletroencefalogramas).

Como consequência a maioria com transtornos psiquiátricos não está sendo tratada, porque foram encaminhados para neurologia, que diante de exame neurológicos e eletroencefalográfico normais, ganharam alta porque “não tinham nada errado”.

Pense nisso, passe adiante este artigo e contribua com a educação em saúde.