Resultado de imagem para anorexígenos

A prevalência da obesidade aumenta progressivamente e está associada ao aparecimento de diversas doenças crônicas. O tratamento clínico é fundamental, sendo parte integrante inclusive do tratamento cirúrgico e tem como objetivo mudar o estilo de vida do indivíduo obeso, melhorando seu padrão alimentar e também estimulando a prática de atividade física. Para isso é preciso identificar as falhas tanto no comportamento alimentar do paciente, quanto outros erros nos seus hábitos de vida.

As opções farmacológicas para tratamento da obesidade são limitadas e não podem ser usadas isoladamente sem as medidas comportamentais e dietéticas. As mudanças de estilo de vida e do hábito alimentar promovem resultado mais duradouro quando comparados ao tratamento farmacológico isolado. O tratamento farmacológico deve auxiliar o paciente a mudar seu hábito alimentar.

O tratamento clínico intensivo pode evitar 90% das cirurgias bariátricas, mesmo em pacientes com obesidade mórbida. Um estudo com 43 pacientes com indicação para fazer a cirurgia bariátrica optaram por tentar o tratamento clínico ao longo de 18 meses, destes, 93% (40 pacientes) conseguiram evitar a cirurgia bariátrica.

As indicações para o procedimento cirúrgico são para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 40 ou acima de 35 com comorbidades (hipertensão, diabetes, apneia do sono, doença ortopética, etc), que não tenham respondido a um tratamento composto por dieta, atividade física e medicamentos ao longo de dois anos.

Contudo se observa que alguns pacientes vão para o tratamento determinados a fazer a cirurgia, burlam as orientações médicas para ganhar peso e chegar ao IMC 40 e conseguir autorização para cirurgia bariátrica. Estes pacientes, infelizmente, terão um aparente sucesso inicial com perda ponderal e voltarão a ganhar peso, pois já se demonstraram incapazes de obedecer uma conduta médica e ética.

Para o sucesso do tratamento clínico é preciso tratar as comorbidades psiquiátrica, aderir a um programa de atividade física, modificar os hábitos alimentares, abandonando o uso do açúcar, farinhas, restringindo bastante os amidos, enquanto que temos de privilegiar as proteínas, gorduras e vegetais folhosos e outros pobres em amido como pepino, berinjela, tomate, quiabo, cenoura, abobrinha, etc.

Os medicamentos podem ser necessário para ajudar o paciente cumprir o proposito de modificar a dieta. Depois da proibição, arbitraria pela ANVISA, de comercialização dos inibidores do apetite mais potentes, em 2017 foi sancionada, pelo Presidente em exercício (Rodrigo Maia) que é obeso, a lei que determina o retorno da comercialização dos anorexígenos no Brasil.

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