Afinal, cremes de testosterona podem ser usados durante a menopausa?ATUAR CONTRA A PROGRAMAÇÃO DE MORTE 

Entendendo que para a natureza, estamos aqui de passagem com a finalidade de perpetuar nossa espécie através da reprodução.

Nascemos frágeis, ganhamos capacidades até a idade reprodutiva e a partir daí nossos hormônios passam a diminuir e com isso vamos perdendo nossas funções e as doenças começam a se instalar.

A DECADÊNCIA HORMONAL APÓS OS 30 ANOS

Isso é bem notório na mulher, que com a menopausa, ocorre o fim da capacidade reprodutiva e elas experimentam um envelhecimento bastante notório e penoso. Por isso é que já existia a Terapia de Reposição Hormonal Feminina.

Nos homens também existe a queda hormonal e a diminuição da virilidade, mas os homens preferem “mentir” e negam a impotência sexual.

A HIERARQUIA CRÂNIO-CAUDAL DOS HORMONIOS

Contudo não são somente os hormônios sexuais que caem, todos diminuem e podemos dizer que na hierarquia hormonal talvez, os sexuais, sejam os de menor importância, pois são produzidos nas gônadas, que são as glândulas mais inferiores, enquanto que, sabemos que as mais superiores comandam de cima para baixo.

As glândulas cerebrais, pineal e hipófise, passando pela tireoide, suprarrenal até chegar nas gônadas, todas elas podem entrar em falência ou fadiga e as deficiências hormonais produzirão perdas aos seres humanos.

REMODELAÇÃO HORMONAL E BIOQUÍMICA

Podemos aceitar isso como natural, é verdade, mas atualmente temos conhecimento e tecnologias para driblar essa programação de morte e com uso de suplementações de vitaminas, minerais e hormônios bioidênticos fazer uma remodelação no sentido de manter os perfis bioquímicos e hormonais de nossa juventude, assim vamos desacelerar o envelhecimento.

Observando as queixas e sinais da pessoa mais as dosagens sanguíneas que sejam consoantes com a clínica, podemos escolher o que será necessário usar, em qual dosagem e por quanto tempo.

Temos que lembrar que possivelmente terão de ser mantidas as reposições, pois, se aos 40 anos uma mulher entrou na menopausa porque seus ovários não produzem mais hormônios, não será com 50 anos que ela vai voltar a produzir em quantidades satisfatórias para uma saúde plena.

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AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATÓRIAL

A Melatonina – Não é dosada, mas de acordo com a história clínica e as queixas relacionadas ao sono escolheremos fazer a reposição principalmente a partir dos 30 anos.

Hormônios Tireoidianos – Avaliando primordialmente a clínica do paciente e secundariamente, os níveis sanguíneos de TSH, T4 e T3, verifica-se a necessidade de reposição desses hormonios conjuntamente, ou melhor, usar o extrato seco porcino como reposição. 

j clin endocrinol. 2021 oct 21;106(2):e4400-e4413

Veja aqui, trabalho na revista de endocrinologia (recorte acima) mostrando que não há marcadores mais fidedígnos que a clínica para avaliar a presença de hormonios tireoidiandos ativos (T3) dentro das células alvo em nosso corpo.

Aqui abaixo, trabalho mostrando que não há diferença dos resultados laboratoriais da terapia única com T4 e a combinada de T4 + T3, mas que clinicamente é melhor a combinda, visto que a maior preferência dos pacintes, pois subjetivamente sentem-se melhor. 

j clin endocrinol metab. 2021 oct 21;106(2):e4400-e4413

Cortisol Pessoas que vivem sob estresse intenso e ainda jovens, possivelmente estão com o cortisol ainda alto, mas se nada for feito, mais adiante a Adrenal entrará em fadiga e o cortisol irá baixar.

Temos que atuar tanto quando ele está alto com medidas no estilo de vida e adaptógenos e repor hidrocortisona base (cortisol bioidêntico, que não é corticóide) quando está muito baixo, trazendo para níveis fisiológicos.

Hormônios Sexuais – Também observando a clínica e as dosagens verificaremos as necessidades.
Sobre o uso da testosterona na obesidade, demonstrando que a curto prazo as mudanças do estilo de vida mais “remédios, promovem maior ganho de peso, porém, a longo prazo (4 e 8 anos), o perda de peso é maior com a associação de estilo de vida saudável + Testosterona. Vá para o Link do estudo. 

Androgens: Clinical and Therapeutics 2020,1 (1), 40-61

Marcadores Bioquímicos e Inflamatórios – Avaliares as funções hepática, renal e digestória, além dos marcadores de inflamação subclínica crônica.

Estes marcadores vão nos guiar quanto ao que precisaremos fazer para melhorar sua saúde e prevenir a instalação de doenças que hoje sabemos serem consequência de anos desta inflamação silenciosa em nosso corpo. 

TRATAR OS EXAMES OU O PACIENTE

Para todos os exames temos que lembrar que os valores perseguidos não serão simplesmente os VALORES DE REFERÊNCIA, mas sim vamos fazer todo o possível para trazer os parâmetros para os níveis de excelência, os níveis ótimos, para otimizar a sua saúde.

Outro aspecto que você precisa saber é que sempre será MAIS IMPORTANTE a sua queixa ou sinal clínico do que o resultado em papel do exame.

Isso porque o que você sente é resultado de como estão seus hormônios ao longo do tempo dentro das suas células, enquanto que, o exame é o resultado pontual da dosagem do hormônio no teu sangue (fora da célula) às 7 h da manhã.

VOCÊ ESCOLHE TER SAÚDE E O MÉDICO RECEITA

Excede os objetivos deste post apontar cada um dos valores, pois será papel do seu médico analisar cada um dos resultados conciliando com sua clínica para escolher suas suplementações e reposições.

Contudo você precisava entender que para ter saúde e vida longa, temos que olhar para marcadores silenciosos e se antecipar à instalação da doença e promover uma saúde otimizada e não apenas com ausência de doença.

MUDAR O ESTILO DE VIDA OU SEGUIR NA MANADA

Visto tudo isso é chegada a hora de você decidir se vai seguir pelo caminho convencional de deixar as doenças aparecerem para daí remediar ou vai dar uma guinada e investir em ter vida longa e saudável.

Qualquer que seja sua escolha eu posso lhe assistir, basta me verbalizar sua escolha se Assistência Convencional (Remediar) ou a Abordagem da Saúde e Longevidade (Prevenir e Curar).

A escolha é sua.